terça-feira, 1 de novembro de 2011

Conto - Amar sem culpa Capítulo 4

Capítulo 4


  Chegando a biblioteca do colégio, vejo Nícolas na terceira mesa do lado esquerdo, perto dos livros de romance. Ele esta lindo como sempre, ops! eu disse lindo, não pode ser, cada vez fico com medo das certas coisas que acabo imaginando e dizendo para mim mesmo.
  Chego na frente da mesa e me sento em sua frente, nossos olhares se ligaram como ondas eletromagnéticas, nunca tinha reparado nos belos olhos que ele tem, e com seus lábios carnudos diz "Boa tarde", eu todo me derreti com aquela voz máscula. Me ajeito na cadeira e começo a abrir meu caderno e livros de sociologia, o assunto era sobre sexualidade, teríamos  que comentar sobre opções sexuais e apresentar na classe de aula.
  Assim debatemos por 1 hora o que iriamos fazer, até que uma voz do além me disse, para pesquisarmos depoimentos de homossexuais e escrever um pouco sobre o que a religião e a ciência diz deles. Mas eu ficava nervoso perto dele, ate que uma certa hora ele se levanta de sua cadeira e senta ao meu lado, mas bem perto. 

  Fico sem jeito, mas continuo fixo em o que eu estava lendo. Então Nícolas, pedi uma opinião para mim em o que eu achava do relacionamento gay, eu simplesmente respondo que eu não era contra, que se eu tivesse um filho homossexual, eu cuidaria dele com muito amor.
  Comecei a perceber na face de Nícolas um sorriso tímido, então lhe fiz a mesma pergunta, ele me responde que mesmo sendo diferente sempre amou o que era.
  Com essas palavras comecei a ficar em dúvida, em o que queria dizer com isso, ser diferente, será que ele era diferente, mas como assim, ele é perfeito, não Nícolas não é gay.
  Terminamos nosso trabalho e fomos tomar um sorvete, como era época de verão estávamos precisando de algo gelado, ao tomarmos o sorvete que Nícolas fez questão de pagar, ele me convida para marcarmos um dia para eu ir a sua casa tomar um banho de piscina, já que seu pai é dono de uma fábrica de piscinas, eu disse que não sabia se iria, mas por dentro eu queria sim ir, eu não queria me fazer de interesseiro. Então disse que sim, que poderíamos sim combinar algum dia para poder ir a sua casa.
  Despedimo-nos e cada um foi para seu lado, ao chegar em casa, meus pais pedem porque eu estava tão animado, eu disse que não sabia que apenas algo de bom iria acontecer. Fui para meu quarto e tomei aquele banho gostoso e me deitei, pensei no que o Nícolas me disse, “ser diferente”, mas eu poderia estar enganado, me viro pro lado e me pego no sono. Assim a noite passa calma e devagar.

Continua...